O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), planeja recriar a Secretaria de Planejamento, que ficará responsável por atribuições que atualmente estão com a Secretaria de Finanças. A Pasta deve ficar sob comando de Clodoaldo Pelissioni, atual secretário-adjunto de governo.
O prefeito disse nesta quinta-feira (19) que o novo secretário deve acompanhar "com lupa" os reflexos que a reforma tributária poderão trazer para São Paulo.
Nunes ainda está negociando com aliados e ouvindo técnicos para montar o novo secretariado.
Na Secretaria de Habitação, o prefeito estuda nomear Elisabete França, que comanda atualmente Urbanismo e Licenciamento. No lugar da secretária deve ser indicado Pedro Fernandes.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficará com a Secretaria de Verde e Meio Ambiente. A sigla indicou o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, mas o nome ainda não foi confirmado por Nunes. O presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, havia indicado anteriormente o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, mas o nome foi vetado pelos diretórios estadual e municipal. Machado poderá assumir um cargo no segundo escalão. O PL terá também a vice-prefeitura, com Mello Araújo, que cuidará da secretaria-executiva de Projetos Estratégicos, atualmente gerida por Edsom Ortega.
O MDB, partido de Nunes, ficará com o núcleo político, com a manutenção de Edson Aparecido na Secretaria de Governo e a indicação do presidente municipal da sigla, Enrico Misasi, para a Casa Civil. Fabrício Cobra, que tende a se filiar no MDB, deixará a Casa Civil para assumir Subprefeituras.
Luiz Carlos Zamarco continuará na Saúde. Na Educação, o prefeito avalia se manterá ou não Fernando Padula, mas disse que promoverá mudanças profundas na gestão da Pasta.
No sábado, o prefeito disse que conversará com um técnico que poderá assumir a secretaria de Transportes, mas não quis adiantar o nome. Em Mobilidade, a tendência é continuar o procurador Gilmar Pereira Miranda.
O prefeito voltou a falar que deve aumentar a tarifa de ônibus, atualmente em R$ 4,40. O valor está congelado há quatro anos. Nunes vinculou o provável aumento à inflação e ao aumento da cotação do dólar.
Em meio à indefinição sobre quem será o próximo presidente da Câmara Municipal, Nunes defendeu novamente que o melhor seria um vereador “com experiência”. O prefeito já havia acordado com o atual presidente da Câmara, Milton Leite (União), que o sucessor seria do União Brasil. O mais cotado é o vereador eleito e ex-secretário Ricardo Teixeira, que já foi vereador, mas Leite pressiona para que seja um de seus afilhados políticos, que ajudou a eleger: Silvio Antonio, o Silvão, e Silvio Ricardo, o Silvinho. Os dois parlamentares, no entanto, assumirão um mandato pela primeira vez. “Claro que a experiência tem peso”, disse Nunes, depois de participar de cerimônia da diplomação, em São Paulo.