Ao fazer um balanço dos dois anos de governo em São Paulo, nesta quarta-feira (18), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deu destaque às privatizações e parcerias público-privadas. "Estamos trazendo R$ 780 bilhões em novos investimentos", disse. Afirmou, além disso, que o Estado se tornou o menos burocrático do país - saindo da 26ª posição - e que, neste ano, foram, abertas mais de 340 mil novas empresas.
"Nosso PIB cresceu neste ano 3,5% até aqui, mais do que o PIB do Brasil, mais do que o de vários países. Aliás, se São Paulo fosse um país teria a terceira maior economia da América Latina. Ficaria atrás só do próprio Brasil e do México. Seria a 21ª economia do mundo", afirmou.
Tarcísio citou os leilões do Rodoanel Norte, da Rota Sorocabana e do Lote Litoral Paulista e a concessão de serviços lotéricos. "Nos tornamos sócios da exploração do serviço lotérico e esse dinheiro vai ajudar a combater o subfinanciamento da saúde", disse. "Com o dinheiro do leilão, lançamos dois novos hospitais."
O governador destacou também o leilão para a Parceria Público-Privada (PPP) responsável pela construção, manutenção e conservação de escolas.
"Uma novidade na nossa gestão. O privado vai operar, se preocupar com a segurança, circuito interno de TV, TI, merenda. Nós fornecemos o insumo, mas eles confeccionam a merenda. Vão oferecer serviço muito melhor e de muito mais qualidade", declarou, frisando que o projeto pedagógico continua sendo responsabilidade do Estado.
Tarcísio disse ainda que, de todos os projetos, a privatização da Sabesp talvez tenha sido o mais importante. Ele afirmou que o novo contrato de concessão deve garantir R$ 260 bilhões em investimentos em saneamento.
Já para o ano que vem, segundo o governador, foram anunciados R$ 15 bilhões. "Uma empresa que investia R$ 5 bilhões, vai investir R$ 15 bilhões", ele afirmou.
O governador também deu destaque, durante a apresentação, para a extinção de secretarias e corte de cargos públicos, que segundo ele, foram reduzidos em 20%. "Já extinguimos secretarias e vamos extinguir órgãos e empresas que não têm mais função", declarou.
Citou, além disso, os benefícios fiscais. "Estamos tendo coragem para enfrentar a discussão", disse. "Em abril, um terço dos benefícios que estavam para vencer não foi prorrogado. Agora, pelo menos mais um terço dos benefícios deve cair."
*Estagiária sob supervisão de Joice Bacelo