Mulher xinga agente da PF e é presa ao tentar deixar coroa de flores para Lula
Uma mulher de 77 anos foi presa pela Polícia Federal nesta tarde após proferir xingamentos racistas contra agentes, ao tentar deixar uma coroa de flores em frente à casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na capital paulista. O ato gerou tumulto e agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República fizeram uma varredura de segurança no carro.
Maria Cristina de Lurdes Rocha, de 77 anos, estacionou seu veículo próximo à residência por volta das 17h40 e tentou deixar uma coroa de flores no local. Lula está em sua residência em São Paulo enquanto se recupera da cirurgia feita na semana passada para drenar um hematoma intracraniano. Na manhã desta quinta-feira (19) o presidente deve passar por exames e pode ser liberado para voltar para Brasília.
A ação da mulher foi inibida pela segurança da presidência, que retirou o coroa de flores da calçada. A mulher, no entanto, foi impedida de sair do local enquanto a Polícia Federal recolhia suas informações.
"A única movimentação da direita fui eu que fiz", disse Rocha, que reclamou de amigas que foram presas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por envolvimento nos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023.
No veículo dela, havia fotos críticas a Moraes, mostrando o magistrado atrás das grades e ao lado de um rato. A manifestante chamou Lula de “ladrão”, criticou o petista e foi abordada por policiais federais por atentar contra a honra do presidente.
Depois de gerar tumulto em frente à casa de Lula, policiais federais pediram para que ela estacionasse o carro, que estava na porta da casa de um vizinho do presidente, e fosse prestar esclarecimentos na Superintendência da PF. Dentro do veículo, Maria de Lourdes chamou um policial de “macaco”, depois que ele tentou pegar a chave do veículo. “Escuta aqui, eu não vou fugir, seu macaco”. Ao cometer a injúria racial, Maria de Lourdes foi levada à Superintendência da PF para averiguação.
Um agente especialista técnico de segurança do GSI fez uma varredura no carro usado pela senhora.
Imagens: Cristiane Agostine
O agente usou três equipamentos de segurança no carro de Maria de Lourdes para verificar a presença de explosivos químicos, radiológicos, biológicos ou nucleares. Não foi identificado nenhum tipo de explosivo, mas a segurança da Presidência encontrou dentro do veículo um taco de beisebol. Horas depois, o veículo foi guinchado pela Polícia Militar.