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Tarcísio admite desvios de conduta na PM de SP e diz que agentes serão 'severamente punidos'

Tarcísio admite desvios de conduta na PM de SP e diz que agentes serão 'severamente punidos'

Tarcísio admite desvios de conduta na PM de SP e diz que agentes serão 'severamente punidos'

Ao fazer um balanço do segundo ano de governo, na manhã desta quarta-feira (18), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), evitou comentar o aumento da letalidade policial no Estado durante os últimos dois anos. Questionado pela imprensa após o discurso, disse que o Estado tem "excelentes" Polícias Militar e Civil, mas admitiu — em meio à escalada de violência policial — que "há desvios de conduta". Ele defendeu punição severa para esses casos.

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"Serão severamente punidos. Esses desvios não podem ser confundidos com o trabalho da polícia", disse, frisando que a polícia do Estado atende 30 milhões de chamados por ano.

Tarcísio afirmou que "nunca se puniu tanto policial como estamos punindo agora", mas não apresentou números desta conduta.

Segundo o jornal "O Globo", de janeiro de 2023, quando Tarcísio assumiu o cargo, até outubro, 1.180 pessoas foram mortas por policiais militares e civis – média de quase duas vítimas por dia. Com 676 mortes em dez meses, ainda segundo "O Globo", 2024 já é o ano mais violento no Estado desde 2020, ano anterior ao início do uso de câmeras corporais.

Criticado pela administração da Segurança Pública, o secretário Guilherme Derrite deixou o evento no momento em que os secretários do governo subiram no palco e foi feita a entrevista à imprensa. Ele estava presente durante toda a fala do governador.

Tarcísio, por sua vez, deu destaque para a redução dos índices de homicídio, roubo e furto e para o aumento do número de policiais nas ruas.

Foram, segundo ele, 7,8 mil novos policiais neste ano de 2024. "E, obviamente, isso tem um reflexo no policiamento ostensivo, na investigação, na solução de casos", disse. "São Paulo atingiu o menor índice de homicídio de toda a série histórica."

Sobre as prisões e investigações de policiais civis supostamente envolvidos com organizações criminosas, o governador seguiu o discurso de "punição severa" dos envolvidos. "A corrupção [nas polícias] é intolerável e também será severamente punida, tanto na esfera administrativa quanto penal", disse Tarcísio.

Troca na Ouvidoria

Nesta manhã, Tarcísio nomeou o advogado Mauro Caseri como novo ouvidor da Polícia de São Paulo. Caseri, que atuará no período de 2025 a 2027, tem 65 anos e é atualmente chefe de gabinete da Ouvidoria.

Ele foi escolhido em uma lista tríplice encaminhada pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humano (Condepe), da qual fazem parte entidades de direitos humanos e representantes da OAB, do Tribunal de Justiça, do governo e da Assembleia Legislativa.

O novo ouvidor vai substituir Claudio Silva, que também concorria à vaga e havia sido o nome mais votado da lista. A Ouvidoria é ligada à Secretaria de Segurança Pública e tem como atribuições receber e acompanhar denúncias sobre desvios de conduta dos agentes e violência policial.

Caseri disse, em entrevistas recentes, que, se nomeado, daria continuidade ao trabalho de Claudio Silva - que se destacou por denunciar a escala de violência policial durante o governo Tarcísio.

*Estagiária sob supervisão de Joice Bacelo

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em evento no Palácio dos Bandeirantes — Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP
Fonte do artigo:estratégias timemania