PF precisa repor 1,6 mil policiais e de mais dinheiro em 2025, diz diretor-geral
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, apresentou nesta quarta-feira (4) um balanço do trabalho da corporação durante o ano. Ele defendeu a realização de novos concursos e de mais orçamento para 2025.
Segundo ele, o atual efetivo da corporação é de cerca de 14 mil policiais. O novo concurso seria para repor cerca de 1,6 mil vagas. Rodrigues falou sobre a situação da corporação durante café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira (4).
O diretor-geral também afirmou que está brigando por mais recursos. A estimativa necessária para o próximo ano seria de R$ 2,3 bilhões, mas o Orçamento hoje em discussão pelo Congresso prevê a destinação de cerca R$ 1,5 bilhão.
Em sua fala, Rodrigues destacou que somente em 2024 foram instaurados mais de 40 mil inquéritos. Ele apontou ainda que, até agora, foram deflagradas 2.108 operações, que resultaram em mais de 32 mil indiciamentos, um crescimento de cerca de 14%. “Os indiciados são aquelas pessoas que a gente identifica como responsáveis pelo cometimento de crime”, explicou.
Recentemente, a PF indiciou 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo ele, o índice de solução de inquéritos pela PF chega a quase 86%, ante a média de 10% das polícias estaduais.
O diretor-geral também apontou que foram cumpridos 1740 mandados de prisão e houve um recrudescimento no combate ao crime organizado, com mais de R$ 3 bilhões de bens e valores efetivamente apreendidos, como imóveis, veículos, embarcações, dinheiro em espécie, criptoativos.
Outro dado apresentado é que foram deflagradas 729 operações para combater crimes cibernéticos, especialmente em parceria com o sistema financeiro.