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CCJ do Senado adia votação da PEC das praias

CCJ do Senado adia votação da PEC das praias

CCJ do Senado adia votação da PEC das praias

Após pedido de vista de parlamentares da base governista, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que retira da União a exclusividade na posse dos terrenos de marinha, popularmente conhecida como PEC das Praias. A proposta voltará à pauta do colegiado na próxima quarta-feira (11).

A PEC, que tem o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como relator, permite o rapasse de áreas litorâneas para Estados, municípios e entidades privadas. A proposta é alvo de críticas por parte de ambientalistas que alegam que o texto dá margem para a criação de praias particulares e pode acarretar em danos à biodiversidade desses locais.

Buscando frear resistências, em seu último parecer, Flávio acrescentou um parágrafo para garantir o acesso às praias pela população.

“As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica, não sendo permitida qualquer forma de utilização do solo que impeça ou dificulte o acesso da população às praias, nos termos do plano diretor dos respectivos municípios”, diz o relatório.

Se a PEC for aprovada, ficará revogado o inciso VII do artigo 20 da Constituição, que diz que os terrenos de marinha e seus acrescidos são bens da União, e inclui no texto constitucional que essas áreas podem ter, dentre as circunstâncias estabelecidas, sua propriedade transferida para Estados, municípios e entes privados.

Para a iniciativa privada, poderá ser concedida a titularidade dos terrenos mediante pagamento. A PEC prevê a transferência integral a quem ocupa as áreas. Por se estabelecerem em locais de posse da União, os moradores dessas áreas pagam duas taxas, chamadas de foro e laudêmio, que serão extintas caso a proposta avance.

Pelo texto, municípios e Estados receberão a propriedade daqueles terrenos que contarem com construções de prédios públicos e ficam mantidos em posse da União locais utilizados pelo serviço público federal, áreas não ocupadas e aquelas abrangidas por unidades ambientais federais.

Fonte do artigo:Quina