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Câmara inclui na pauta requerimento de urgência para projetos do pacote fiscal

Câmara inclui na pauta requerimento de urgência para projetos do pacote fiscal

Câmara inclui na pauta requerimento de urgência para projetos do pacote fiscal

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), divulgou a pauta desta terça-feira com a previsão de votar requerimentos de urgência para os dois projetos de lei do ajuste fiscal. Mas as bancadas do União Brasil e do PSD se recusaram a endossar a urgência. O partido liderado por Elmar Nascimento (BA) tem 59 deputados.

Lira também avisou aos líderes dos partidos, em reunião nesta terça-feira, que enviará a proposta de emenda constitucional (PEC) do pacote fiscal para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é presidida pela bolsonarista Carol de Toni (PL-SC). Mas, segundo relatou, combinou com ela que a tramitação será rápida e que, se isso não ocorrer, pode avocar a PEC direto para o plenário e anexá-la a outra proposta já em tramitação, como pediu o governo.

Um dos problemas do Executivo é a recusa de Nascimento e de Brito de assinarem os requerimentos de urgência, que permitem levar os projetos de lei à votação direto no plenário. Eles também se recusaram a assinar como coautores das propostas, mesmo após pedido do governo Lula (PT) – outros líderes, como PT, PDT, PP e Republicanos, aderiram.

Há três versões para a recusa, segundo fontes. Nascimento e Brito foram preteridos pelo PT na disputa pela presidência da Câmara que ocorrerá em fevereiro – os petistas decidiram apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB). Além disso, há reclamações sobre interferência do governo na decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor restrições às emendas parlamentares ao Orçamento e permitir o bloqueio dos recursos pelo Executivo.

Já a versão oficial de ambos é de que não houve tempo de conversar com as bancadas e que o anúncio estaria ocorrendo de forma “atabalhoada”, com a divulgação dos projetos em partes. Eles lideram os dois maiores blocos parlamentares da Câmara.

Seja qual for o motivo, o governo ainda não tem as assinaturas necessárias para protocolar os requerimentos de urgência, que exigem o apoio de pelo menos 257 deputados ou de líderes de partidos que somem este número. A tentativa, segundo fontes, é convencer os dois a assinarem os pedidos até a sessão desta terça-feira para que os projetos possam ir ao plenário.

Outro entrave para o pacote fiscal é que a PEC terá que passar pela CCJ, determinou Lira. Num gesto à oposição, ele informou que seguirá o rito normal, mas que combinou com a presidente da comissão que a votação sobre a admissibilidade da proposta ocorrerá em apenas uma sessão. Após a CCJ, ainda é preciso análise por uma comissão especial.

Líder do PCdoB na Câmara, o deputado Márcio Jerry (MA) afirmou que, se a CCJ demorar, o compromisso é de que a PEC vá direto ao plenário. “O compromisso é encaminhar para a comissão especial em apenas uma sessão. Essa é uma ideia, uma intenção, uma vontade. Tendo problema na CCJ, ele pode avocar para o plenário”, disse.

Dívida dos Estados

O presidente da Câmara pautou como principal projeto para ser votado nesta terça-feira a renegociação da dívida dos Estados, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O Ministério da Fazenda resiste à proposta, mas cedeu diante da pressão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e dos governadores.

O relator do projeto na Câmara será o deputado doutor Luizinho Teixeira (PP-RJ), aliado do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL). Ele já apresentou parecer pela aprovação, mas com alterações, o que exigirá uma nova votação pelo Senado antes que o texto vá à sanção presidencial.

Sessão de votação no plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
Fonte do artigo:bolão lotofácil