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Hugo Motta promete prioridade à agenda do agronegócio

Hugo Motta promete prioridade à agenda do agronegócio

Hugo Motta promete prioridade à agenda do agronegócio

Favorito para presidir a Câmara dos Deputados a partir de fevereiro, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) recebeu na terça-feira (3) o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e prometeu manter a agenda do agronegócio com destaque na pauta da Casa e com interlocução direta com a presidência da Câmara. No encontro, Motta também defendeu a responsabilidade fiscal e compromisso com a agenda ambiental.

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“Saibam que vocês terão presidente amigo, presidente acessível, que estará ao lado das agendas desta frente. Esse foi o compromisso que fizemos. Não só porque estamos interessados no voto, mas por ser um deputado que já estava ao lado desta frente”, afirmou, ao participar de reunião com a bancada ruralista. “Montemos uma agenda para os próximos dois anos, dos projetos que serão prioridade para a frente”, comentou.

Motta contou que já se reuniu com a diretoria da FPA na semana passada para conversar sobre a pauta prioritária e a participação o Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em 2025.

O parlamentar afirmou que sempre esteve a favor das pautas do setor, seja como deputado, seja como líder partidário. “As pautas que a FPA defende dentro do Parlamento são pautas que trazem avanços significativos para o país”, disse.

A participação de Motta ocorreu na reunião-almoço da FPA, que ocorre tradicionalmente às terças-feiras. O encontro marcou a reeleição do deputado Pedro Lupion (PP-PR), que foi reconduzido para mais um mandato de dois anos na presidência da bancada ruralista.

Lupion destacou que já apresentou a Motta as prioridades da bancada. “Tenho muita alegria de dizer que as pautas são todas pautas novas, porque todas as pautas que combinamos com o presidente [da Câmara] Arthur Lira foram votadas”, disse. A maioria dos projetos, no entanto, parou no Senado.

Ex-presidente da FPA, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) disse que Lupion foi reconduzido por mérito, mas também pelo momento político. “A recondução não deveria ocorrer, deveria ter outra pessoa. Mas acontece que o momento político pediu isso”, disse. “Não raro, as pautas do agro não têm a prioridade no trato com a pureza e a estreiteza que deveria ter.”

Durante a reunião, Motta também comentou sobre temas com os quais terá que lidar caso confirme o favoritismo e assuma o comando da Mesa Diretora. No momento em que o Congresso se prepara para votar o pacote do governo com medidas de corte de gastos, disse que o Legislativo tem “em sua essência” a responsabilidade fiscal e que conduzirá a Casa sem se afastar “por um segundo” desta agenda.

“Foi assim com as reformas que nós aprovamos, com os projetos que nós também já ajudamos a aprovar, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, que deixa muito claro que nós não podemos nos afastar da responsabilidade fiscal, do controle de gastos, do controle das despesas, de podermos ter mais eficiência no gasto público”, disse.

Ele evitou comentar sobre o projeto de lei de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, com a cobrança de um imposto sobre os super-ricos. Destacou que o projeto ainda não chegou e que ainda não foi eleito presidente da Câmara para comentar sobre o assunto, que o próprio governo pretende que só seja debatido ao longo de 2025.

O parlamentar também defendeu que o Brasil mostre na COP 30 que tem compromisso com a questão ambiental.

“Entendo que a realização da COP no Brasil vai ser oportunidade para demonstrarmos que temos código florestal que praticamente quase nenhum outro país tem”, disse ele, criticando o que chamou de “criminalização do agronegócio”.

Hugo Motta conversa com Arthur Lira em sessão da Câmara — Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
Fonte do artigo:Mega-Sena