Você sabia o dia mais longo do ano no Hemisfério Sul sempre cai em dezembro? Em 2024, este evento, conhecido como solstício de verão, acontece hoje, dia 21 de dezembro. Mas você sabe por que isso ocorre? Entenda!
O fenômeno, influenciado pela astronomia e pelo início da estação mais quente do ano, como o próprio nome sugere, indica o momento exato em que o sol atinge o ponto mais alto no céu e a distância máxima em relação aos pontos cardeais leste e oeste.
Quando isso acontece em dezembro, a posição do Hemisfério Sul em relação ao astro favorece a entrada das radiações solares, permitindo que o dia fique iluminado por mais tempo.
“Quem mora no Sudeste, no Sul e nas áreas mais ao sul do Centro-Oeste no Brasil, percebe que o sol está nascendo mais cedo e se pondo mais tarde. Os dias são mais longos. São mais horas de sol para esquentar o ar e manter as temperaturas elevadas”, informa a Climatempo.
Enquanto isso, quem está acima da linha passa pelo fenômeno oposto, o solstício de inverno. Em junho, a situação inverte: pela posição do planeta, são os países do Hemisfério Norte que dão boas-vindas ao verão, e os do Sul ao inverno. Neste período, no Brasil, os dias são mais curtos e as noites mais longas.
A expectativa é que o verão seja marcado por chuvas mais frequentes em todo país, com volumes superiores a 400 mm, segundo informações do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet).
"É um período caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo", esclarece o Instituto.
O Inmet explica que este cenário é o que favorecendo a "ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas."
Além disso, o verão marca o período do ano em que o Hemisfério Sul recebe a maior dose de isolação no ano. Por isso, o calor e o abafamento também deve predomina em grande parte do país, mas não como no ano passado, quando o El Niño ainda estava em atividade.
É possível que a estação também seja impactada pelo retorno do fênomeno La Niña. As projeções mais recentes da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) apontam que há 59% de chance do fenômeno surgir até janeiro de 2025, com uma transição para neutralidade rapida, possivelmente entre março e maio do próximo ano.
Por regra, em tempos de La Niña as chuvas diminuem no Sul e aumentam no Norte e Nordeste. No Sudeste e no Centro-Oeste há riscos de períodos frios e chuvosos. No entanto, além da curta duração, a passagem de La Niña deve ser de intensidade fraca, características opostas ao último episódio, entre setembro de 2020 e março de 2023.
"Na prática, essa tendência fria do Pacífico Equatorial central-leste, mesmo não sendo um La Niña completo, vai atuar positivamente para facilitar a formação dos corredores de umidade sobre o país, estimulando mais chuva no Norte, no Centro-Oeste, Sudeste e até em áreas do Nordeste", prevê a Climatempo.